Projeto de Drenagem Rodoviária

Drenagem rodoviária tem o objetivo fundamental de direcionar os volumes de água presentes nas rodovias, viabilizando seu desague em local adequado e garantindo a segurança hídrica e a conservação das estruturas.

Quando é necessário?

Em âmbito de projeto, a inserção dos dispositivos de controle, captação e condução das águas pluviais para que não causem danos eo corpo da rodovia e adjascências. Nas rodovias existentes, os projetos de drenagem são elaborados para fins de manutenção ou substituição de elementos danificados, ou ainda para verificação da eficácia dos dispositivos presentes, podendo-se acrescentar novos componentes sempre que se confirmar sua necessidade.

Quais os benefícios?

A presença de dispositivos de drenagem adequados e bem posicionados em uma rodovia resguarda a integridade estrutural e previne a acumulação de água na pista, evitando, desta forma, aquaplanagem de veículos, resguadando a segurança dos usuários.

Impacto negativo da ausência da drenagem?

A água é um importante agente intempérico, com alto potencial de infringir danos. Sem dispositivos de drenagem ou com dispositivos de drenagem inadequados ou insuficientes, a água escorre de maneira descontrolada, erodindo superfícies inclinadas, acumulando-se nas pistas de rolamento, alagando propriedades lindeiras e favorecendo o desenvolvimento de patologias e instabilidades. A formação de poças no traçado de uma rodovia constitui uma situação potencialmente perigosa, pois possibilita que veículos percam aderência com o pavimento, dificultando a manutenção do controle da direção, podendo ocorrer um acidente. A erosão de estruturas e áreas adjascentes pode causar danos ao pavimento, com o desenvolvimento de buracos na pista, ou desabamento parcial ou total de pontes, pistas e taludes.

Normas gerais / Órgão (Regionalidade)

Um conjunto de dispositivos padronizados por órgãos federais, estaduais e municipais sujeitos a alterações e mudanças, razão pela qual os projetistas devem manter-se atentos. Nas rodovias federais as diretrizes básicas são ditadas pelo DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. No caso de vias estaduais deve-se consultar os órgãos reguladores locais, como o DER – Departamento de Estradas de Rodagem (PR, SP, MG, RJ), o SIE – Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de SC, e assim por diante. No caso de vias municipais, é necessário observar se o município possui projetos-tipo locais, caso contrário seguem-se as diretrizes estaduais e federais, conforme a necessidade do projetista e a anuência da fiscalização. (nova proposta)

Projeto + Recuperação

Os projetos de drenagem, em geral, são agrupados em 3 grandes áreas: drenagem superficial, drenagem subsuperficial ou subterrânea e para transposição de talvegues, de acordo com os propósitos a serem alcançados.
Os dispositivos de drenagem superficial são dedicados a captar einteceptar as águas da chuva que escoam pela superfície das estradas e adjascências. Os elementos mais perceptíveis aos usuários são as sarjetas e valetas localizadas nas laterais das rodovias.

Os dispositivos de drenagem subsuperficial ou subterrânea são dedicados ao controle e rebaixamento do nível do lençol freático, removendo e conduzindo a água infiltrada para locais mais seguros, aliviando as tensões e preservando as estruturas.

Para a transposição de talvegues outras considerações são necessárias, pois os volumes envolvidos não referem-se somente à água da chuva, e sim a volumes relacionados a uma área controlada por imperativos hidrológicos e condicionada pelo relevo denominada Bacia de Contribuição. São muitos os casos em que o traçado de uma rodovia intercepta um ponto focal de escoamento de uma bacia, onde pode haver um curso d’água perene ou mesmo um curso d’água intermitente, potencializados por episódios chuvosos, onde há maior volume de água no caminho da transposição. A escolha do dispositivo a ser introduzido está relacionada com os volumes concetrados no local e a capacidade hidráulica nominal de cada elemento, podendo envolver a construção de pontilhões ou pontes, que acompanham o traçado da rodovia, ou a introdução de uma ou mais linhas de bueiros sob o aterro da rodovia.

A implantação de um bueiro pode ser feita pelo Método Destrutivo (MD), onde há a necessidade de abertura de vala a céu aberto para a comodação dos elementos, ou pelo Método Não Destrutivo (MND), com a escavação de um “túnel” para a inserção dos elementos, técnica amplamente aplicada à introdução de bueiros em rodovias existentes com grande fluxo de veículos, sem a necessidade de paralização de tráfego, evitando transtornos aos usuários.

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